MR. BEAN'S HOLIDAY

Acompanhado de um autêntico senapismo que pensa que percebe alguma coisa de como se conduz o "meu" Polo de 1998 (a.k.a. a minha irmã, Ana) lá fui ver o novo e espectacular filme do hilariante Mr. Bean. Sabem que mais? É FA...BU...LO...SO...!!!

Desta vez, Rowan Atkinson decidiu atravessar o Canal da Mancha para ir chatear, definitivamente, os nossos «amigos» franceses. Resultado: ficaram fartos dele! Ainda bem, é para aprenderem...

Comédia do início ao fim, esta nova película do maluco mais sóbrio que os ingleses lá têm assemelha-se muito mais ao ideal que presidiu ao sucesso da série do que ao filme que se havia realizado há sensivelmente 10 anos.

Portanto, já estou como o Mário Crespo da SICNOTÍCIAS:

"Rigorosamente a não perder..."

P.S.: e atenção à actriz que contracena com o nosso Mr. Bean: a jovem, resplandecente e angelical Emma de Caunes. A ter debaixo de olho... ou de outra coisa qualquer!

Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! Eu sou incrível! Não há limites para as minhas piadas...!!!

A PUTA DA TERTÚLIA!

Já não há pachorra para os aturar: o raio da Tertúlia Cor-de-Rosa, na SIC de um «falso» Penim, não tem pés nem cabeça e continua a dar-nos cabo do juízo à hora de almoço. Ele é boatos lançados sem qualquer tipo de fundamento, ele é insultos a pessoas que não lhes passam cartão, ele é elogios o mais rasgados possíveis a pseudo-jornalistas de publicações de referência (TV 7 Dias; CARAS; Nova Gente; Lux...) que vão tirando lugar a outros com muito mais qualidade e, sobretudo, personalidade, sei lá mais o quê!



E o mais engraçado é quando os visados decidem ligar em directo para os confrontar, insultando-os em directo (caralho, é só pessoal de tomates!!!). Só aí param para pensar que é com eles e, afinal, também não gostam lá muito desse tipo de insinuações.



É fodido, não é?! Então parem e deixem-nos em paz!



Ouviste, Penim? Faz uma retrospectiva da tua passagem pela SIC Radical e depois dá-me um toque...

ESCOLHO "GORILA"

Gorila é de facto a minha escolha. Não só por ser bem mais prestigiante do que um palhaço, mas também pela força que ele exprime e pelo poder que emana por onde passa... Ah!, e porque sinceramente, confesso que sou mais parecido com ele do que com o palhaço. Mas isso já vocês perceberam, né?!

E NÃO É QUE ELES LEVARAM 4...?!

Brilhante, simplesmente brilhante, a exibição da selecção de todos nós, ontem, no majestoso José de Alvalade. Os belgas levaram para contar mais tarde numa noite épica de futebol, em que dominámos a equipa de Stijnen como bem nos apeteceu, marcando 4 golos (o de Quaresma é absolutamente delicioso), e gritando bem alto "PRESENTE" a toda a Europa do futebol. Fomos heróis do mar, um nobre povo que até nem chateou muito os belgas, uma nação valente e imortal que deu sempre o corpo às balas, e só assim conseguimos ter a capacidade de vencer como vencemos...



Ricardo esteve tranquilo e nunca comprometeu; Miguel foi explosivo; Ricardo Carvalho e Jorge Andrade agressivos q.b. e certinhos nas abordagens ao adversário; Paulo Ferreira foi discreto mas esteve bem no apoio ofensivo; Petit... foi Petit! ; Tiago, aquele cérebro táctico que faz funcionar a equipa; Moutinho mostrou que até consegue jogar de uma forma mais solta, logo eficaz, em 4x3x3, e esteve sensacional durante todo o jogo; Quaresma foi mesmo o Harry Potter, fazendo magia a sério; Ronaldo (haverá mais palavras para descrever este fenómeno?) bailou como quis, quando quis e durante o tempo que lhe deu na real gana e saiu-se de forma espectacular; Nuno Gomes pecou muito, mas lá acabou por inaugurar o score que levaria a uma grandiosa exibição de Portugal.



Estes foram os nossos heróis de ontem. Na quarta-feira, contra a Sérvia, estes ainda vão continuar a ser os nossos heróis e ninguém acredita que não façam uma exibição pelo menos tão boa contra os sérvios.



EM FRENTE, MEU POVO; O EURO 2008 É JÁ A SEGUIR!



P.S.: ontem foi também a noite da rádio, mais uma vez. O relator de serviço da Renascença, o grande Pedro Sousa, chegou ao último golo de Portugal já quase sem voz de tanto gritar! Querem ouvir? Querem mesmo ouvir?! Então preparem-se para o habitual arrepio na espinha...

1-0, Nuno Gomes

http://media.rr.pt/audios/10263121299c0fd.wma

2-0, Cristiano Ronaldo

http://media.rr.pt/audios/156495577414bbf.wma

3-0, Ricardo Quaresma

http://media.rr.pt/audios/179684005788317.wma

4-0, Cristiano Ronaldo

http://media.rr.pt/audios/2082326620f7978.wma

OS MELHORES 2006-2007 (actualizado)

Fica desde já o aviso: no final desta espectacular época de futebol, "DO ALTO DA TORRE" vai avançar com votações para os melhores do ano. A saber também, ficam já as categorias em que poderão votar:






MELHOR GUARDA-REDES


MELHOR DEFESA-CENTRAL


MELHOR DEFESA-LATERAL


MELHOR MÉDIO-DEFENSIVO


MELHOR MÉDIO-ATAQUE


MELHOR EXTREMO


MELHOR AVANÇADO


MELHOR TREINADOR


MELHOR TREINADOR ADJUNTO(!)


MELHOR ÁRBITRO


MELHOR ÁRBITRO ASSISTENTE


MELHOR RELATOR DE RÁDIO


MELHOR COMENTADOR DE RÁDIO


MELHOR NARRADOR DE TV


MELHOR COMENTADOR DE TV

No dia 20 de Maio (última jornada da BWIN LIGA 2006-2007) as hipóteses serão aqui colocadas - o que não invalida que possam colocar as vossas próprias escolhas - e poderão votar à vossa vontade. Já sei que isto é quase totalmente dirigido aos homens e que vou levar nas orelhas de certas e determinadas meninas, mas como diria o outro: "Ou comem todos, ou há moralidade...".













Vão pensando!

DIÁRIO DE UM APAIXONADO (1)

Fins de Setembro...




"Começaram hoje as aulas na faculdade, aqui no Porto. Sou um dos alunos do curso de Sociologia e o que é certo é que acho que esta licenciatura me assenta que nem uma luva. 9h05m e estava quase a chegar à sala para uma aula que começa... às 9h00m! Para minha surpresa vi que, pelos vistos, as aulas nunca começam a horas, o que me agradou imenso. Entrei depois na sala, praticamente às moscas (a praxe não perdoa e eu tinha conseguido escapar, graças a Deus!) e sentei-me bem cá atrás. A professora que terei que aturar na cadeira de Economia I sentou-se rapidamente e não parecia muito satisfeita com a vida que levava. Apresentou-se à pressa e começou logo a cuspir matéria, coisa para que não vinha lá muito bem preparado. Estava com sono e acabei por me recostar na cadeira, com o caderno e o lápis sossegadinhos em cima da mesa. Porém, reparei numa das minhas colegas de turma, sentada umas duas filas à frente. "Bem,", pensei, "Sociologia tem estudantes bonitas pra caraças!". E era, de facto muito bonita, a tal moça. Perdoa-me, meu caro diário, mas não a descreverei. Sim, sou egoísta, que queres que te faça?, mas mais do que referir os seus atributos físicos, prefiro pensar neles, se não te importas... Tá bem, digo-te só uma coisa: nunca vi rapariga tão bonita. Fiquei fascinado com ela e com a maneira como tentava disfarçar as poucas horas de sono de que tinha usufruído, perante a «prof». Virava a cara para trás - o que me permitia vislumbrar ainda melhor a sua cara e o seu belo cabelo - e bocejava, pondo a mão à frente. A Dra. Ambrósio lá continuava a palrar, mas eu tinha encontrado algo com que me entreter... A aula terminou, duas horas depois, e qual foi o meu espanto quando, estando eu a arrumar as minhas coisas na pasta, ela passou por mim, acompanhada de uma outra rapariga, e me sorriu. Não foi um sorriso qualquer, meu caro, mas sim "o" sorriso, o ideal, o perfeito, sei lá que mais te diga! Foi um sorriso enorme, de orelha a orelha, e ela tinha-o reservado para mim, pensei eu de imediato. Saí da sala à pressa, na esperança de ainda a apanhar, mas já não consegui. Ainda faltavam aí uns 20 minutos para a aula seguinte, e decidi deambular um pouco pela faculdade. De mãos nos bolsos do casaco, não consegui deixar de pensar nela. Porque me teria atirado aquele sorriso, mal me viu? Não tenho ideia de a conhecer de algum lado... Não, claro que não, um rosto daqueles não se esquece, caramba! Fiquei atordoado e não conseguia pensar em mais nada para além dela. O mesmo ritual repetiu-se na única aula que ainda teria nesse dia: passei essas duas horas a contemplá-la, e não perdi nada de especial do discurso do «stôr» de Teorias Sociológicas, já que foi só mesmo a apresentação da disciplina. Em busca de um novo sorriso no final da aula, esperei à porta, fingindo mexer no meu telemóvel. Não mo deu, infelizmente. Mas não faz mal. Aquela primeira abordagem foi tudo para mim, no dia de hoje. "






in Imaginação de Yours Truly a funcionar...

SALAZAR, O MELHOR PORTUGUÊS? AH!!!

As sondagens da RTP mostram que Salazar lidera as votações para O Melhor Português de Sempre, e eu continuo calmamente sentado ao computador, dando-vos conta de uma notícia que de certo já todos vocês sabem... Eu deveria era pôr-me a andar daqui para fora!!!

Sinceramente: Salazar, o melhor português?! Um homem que fechou o país a sete chaves durante 40 anos, que imprimiu sobre o povo uma das ditaduras mais repressivas de que há memória? Poupem-me. Está visto que este país, assim, não vai a lado nenhum, e tudo porque uma amalgama de energúmenos que gostam de se chicotear a eles próprios, à noite, antes de se deitarem num leito repleto de escorpiões e anacondas, viram neste bárbaro programa da RTP (mais um a juntar a muitos...) uma via de expressão adequada para, com o braço direito levantado lá bem no alto, gritar essa doce palavra: SALAZAR!, SALAZAR!, SALAZAR!!! Continuamos a ser um país de gente mesquinha, maldosa, demasiadamente comprometida com a velha máxima dos três "F" (Fado, Futebol e Fátima) e com a premissa fundamental de toda a governação salazarista: Deus não se discute, Pátria não se contesta, Família perdura eternamente numa relação hierárquica.

O que as pessoas querem, sei eu: não encontram força para viver e centram todas as suas energias ou a pedir ao Senhor que lá do cimo parece ser mouco para lhes dar uma vida de rosto lavado... ou então rezam para que Salazar se levante do chão, arranje a cadeira que o matou, assuma o governo (de preferência ao lado do Sócrates beirão...) e mande a PIDE matar, uma vez mais, o Humberto Delgado.

A todos eles, o meu muito obrigado: deram-me uma razão para postar algo aqui (confesso que fruto da vida de paixões perdidas que continua a ser o meu dia-a-dia não me tem apetecido ter trabalho nenhum) e, ao menos, deram-me vontade de rir, de tanta merdice que andam a fazer e de tanta tonteria e patetice que continuam a dizer pelas suas próprias ruas da amargura...

P.S.: não pensem que apoio, ao invés, a vitória de Álvaro Cunhal. Também o acho cómico demais para ter sido um político com o estatuto de que usufruiu. Lenine, Estaline, Kruschev e tantos, tantos outros já cá não moram. Ah!, e ele também era ditador; porque outra razão seria comunista?

TROCA DE IDENTIDADE

A pedido de várias famílias, já que aquando do início da publicação deste meu "DO ALTO DA TORRE" pessoas houve que expressaram o seu desagrado pelo rosto que ostento com grande orgulho ("gorila" foi o que me chamou o Baldaia; que tinha uma cara engraçada, parecendo "um palhaço", opinou a Vânia Dias), abro a partir de hoje e durante uma semana, a concurso público, a escolha da minha nova fronha. Têm duas escolhas: ou gorila ou palhaço. As fotografias podem ajudar-vos ou não... Se desejarem ter novas alternativas, basta sugerirem. A escolha é vossa e os resultados e o meu respectivo comentário serão postados de hoje a oito dias, por volta desta mesma hora.




Só vos peço uma coisa: sejam sérios. O futuro da minha cara depende das vossas opções.

Ah!, e lembrem-se: a vossa opinião conta!

Concurso público nº 121237194612935761294516458176451842, aprovado pelo Governo Civil de ConadaMãeJoana. A Santa Casa da Misericórdia declina quaisquer responsabilidades pelo desfecho deste concurso público.

RENASCENÇA: "SOMEONE STILL LOVES YOU..."

Estávamos em 2005, já a meio de mais uma época futebolística, quando recebi uma notícia que me tocava particularmente e acabou por me deixar um pouco mais vazio por dentro: os relatos dos jogos de futebol ao domingo à tarde iam deixar de ser transmitidos pela Rádio Renascença (RR). Por imperativos de uma suposta "revolução" na programação da Emissora Católica Portuguesa, a Frente Desportiva via cortada uma das âncoras e, no fundo, uma autêntica trademark do seu trabalho.

Custou-me a engolir. Sou um ouvinte assíduo de relatos de futebol e a Renascença, devido à influência que os meus avós exerceram sobre mim, sempre esteve no topo (e ainda está...) da minha lista de preferências.

Quando decidiu tirar os relatos de domingo à tarde da grelha de programação, a direcção da RR não pensou no público fiel que acompanhava essas grandes emissões de rádio a par e passo e, mais importante, acabou por fornecer, numa autêntica bandeja de prata, o "monopólio" dos relatos à Antena 1.

Fui um dos que evitava perder esses domingos à tarde na Renascença: tinham a melhor cobertura, têm os melhores relatores e comentadores (Pedro Sousa no domínio do relato; Bernardino Barros letal nos comentários, só para dar os grandes exemplos...) e, sobretudo, sabiam como coordenar toda essa tarde agitada de futebol. Agora, temos que nos contentar com três edições de BOLA BRANCA (ao menos isso ainda perdura), o que é manifestamente insuficiente.

Para além de não ter levado em conta o público mais idoso (a audiência-tipo destas transmissões), não teve a mínima consideração pelos profissionais que se esforçavam e trabalhavam ao domingo para levar até nós uma emissão que à tantos anos estava no ar, e não pensou que até os jovens gostam de ouvir um bom relato (eu sou um dos exemplos, mas o Nicola perdoar-me-à por referir aqui que também ele é cá dos meus!).

Pois é, RR: foi uma revolução que atingiu os alicerces de toda a tua instituição. VALEU A PENA?

OS VERDADEIROS ARTISTAS DA BOLA

Domingo de manhã, frio, vento q.b. e chuva torrencial. Ingredientes mais do que suficientes para justificar mais umas horinhas junto da nossa amada: a cama.




Exactamente ao mesmo tempo, os míudos dos escalões de infantis jogam à bola como se aquele dia não tivesse o significado que o mais comum dos mortais lhe atribui. Levantam-se cedo, preparam-se e ,ansiosamente, vão aguardando os minutos que faltam para o início do jogo. Quando este começa, o seu interesse foca-se única e exclusivamente naquela bolinha que por ali vai saltitando, uma das poucas alegrias que lhe podem dar. Não quer saber do novo PES que sairá na semana seguinte, não pensa sequer no grande jogador que poderá vir a ser, num futuro próximo. Centra-se no que o «mister» lhe diz para fazer e o que é certo é que o faz com toda a alegria...




O problema? Os papás... Personagens caricatas e insensíveis, tomam a sua dose matinal de emoção antes de levar os putos ao campo e o resultado é deveras agonizante: instigam os filhos (e não só...) a insultar colegas de equipa, adversários e até árbitros, ou então partir para a agressão pura e tudo porque os jogadores contra quem estão a jogar são bem melhores... Os miúdos são influenciados pela autoridade paternal ("ou fazes isso ou quando chegares a casa, levas na tromba!") e não têm outra alternativa senão cumprir com o que os papás lhes ordenam. Resultado: expulsão, invasão de campo de um ou outro pai e agressão ao árbitro, porque pura e simplesmente seguiu as regras pelo livro.




É triste, mas felizmente nem sempre é assim. Ainda há pais que sabem que o futebol entre putos é pura diversão e deixam-nos jogar sem qualquer tipo de pressões, chegando a criticar os próprios filhos por atitudes menos próprias. Se defendo o rastreio de pais à entrada destes jogos? SEM DÚVIDA!!!



Os miúdos são os verdadeiros jogadores da bola e é preciso dar-lhes espaço de manobra suficiente para deixarem todo o seu charme em campo. Os artistas de topo já certamente se esqueceram de como era bom empenhar-se a fundo num jogo para que o treinador lhes pagasse um lanchezinho (isto se ganhassem, mas se não ganhassem também!); os putos esfalfam-se só para ir ao McDonald's comer à borla...




Prazeres simples de miúdos que só querem que lhes dêem uma bola e não os chateiem.

SECRETAMENTE...

A melhor letra... da melhor cantora... do actual panorama musical português. "SECRETAMENTE" é demasiado bonita, romântica, calma e sobretudo arrepiante para passar na rádio, mas ocupa a lista «TOP +» do meu Leitor MP3. Fala de amores não correspondidos e de como o amor pode ser lixado com «f», tal e qual como diz Miguel Esteves Cardoso ("O Amor é Fodido"). À espera daquele amor certo ainda continuamos muitos de nós, Rita, e acredita que não é fácil esperar assim tanto... Mas o pior é que cá continuamos, né? Sofrendo, sofrendo... Ah!, e sofrendo.

Se quiserem consultar a letra da melhor canção de amor portuguesa de sempre cá vai o link:

http://vagalume.uol.com.br/rita-guerra/secretamente.html

SÓCRATES: DUAS JOGADAS DE GÉNIO

1.




Contexto: Campanha Presidencial 2006


Intervenientes: Cavaco Silva, Mário Soares, Manuel Alegre.

Tese: como de certo estarão recordados, o primeiro candidato a avançar pela parte do PS para a Presidência da República foi Manuel Alegre, algum tempo antes de Cavaco Silva oficializar a sua própria candidatura. Era, aos olhos do nosso ilustre PM, o melhor que se podia arranjar... No entanto, e avistando no horizonte um possível avanço do antigo Primeiro-Ministro do PSD, fez-se luz na cabeça do alvi-castrense: Cavaco serviria muito melhor os propósitos e intenções do governo do que Alegre, demasiadamente esquerdista no seio do PS. Solução? Um "novo" candidato. É assim que Mário Soares irrompe dos escombros de uma carreira política perto do seu epílogo e se assume como O Candidato Oficial do PS para estas Eleições Presidenciais. Onde reside o imbróglio? No facto de Soares já não representar para o país um ícone político capaz de assumir um tal cargo de responsabilidade. Passo a explicar: a ideia de Sócrates nunca foi colocar Soares na PR, mas sim arranjar um candidato que já não tivesse quaisquer hipóteses de ser eleito, abrindo assim caminho para a vitória triunfal (porque a foi...) de Cavaco. Como se viria a comprovar nos números do pós-eleições, Alegre ficaria à frente de Soares com uma margem confortável (é certo que longe de Cavaco...), concluindo com sucesso o golpe orquestrado pelo Zé. Agora imaginem: não teria Manuel Alegre vencido as ditas eleições se todos os votos que muitas almas socialistas depositaram nas urnas tivessem o seu nome e não o de Soares?





2.




Contexto: Referendo ao Aborto


Intervenientes: Sócrates, Marques Mendes e no fundo, todo o PORTUGAL...



Tese: José Sócrates envolveu-se de uma forma demasiadamente profunda em todo o processo do Referendo ao Aborto... mas não o fez porque achava por bem defender os seus princípios. Deixando de parte os argumentos pró e contra de toda esta problemática, Sócrates apenas viu nisso uma oportunidade de ouro para cimentar a sua posição no governo e reforçar o apoio do povo para as eleições legislativas em 2009. A mentalidade dos portugueses é agora outra e que melhor maneira de agarrar um lugar com unhas e dentes do que estar ao lado da maioria do povo nesse referendo? Ao empenhar-se a sério em toda a campanha pelo "SIM", Sócrates assegurou a vitória nas legislativas dentro de 2 anos mas conseguiu aproveitar ao máximo o choque social que se viveu nos últimos meses ("SIM" contra "NÃO", com as pessoas a recorrerem aos atrozes insultos de falta de humanismo de um lado, e «queixinhas» de questões mal formuladas do outro) para denegrir a imagem do maior partido da oposição - PSD - e, em particular, o seu líder, Marques Mendes.





De facto, Sócrates sabe que instrumento tocar numa orquestra; é um estratega como há poucos em Portugal; tem um dom retórico capaz até de enfrentar olhos nos olhos um Miguel Sousa Tavares a espumar pela boca.





Parabéns Zé! Com estas duas jogadas a reeleição está mais perto do que nunca...

CASO SÉRIO PARA EMMY...

Estreia já daqui a poucas horas a 3ª Temporada da melhor série televisiva alguma vez realizada num país em que a cultura de qualidade não abunda particularmente: HOUSE foi, é e será (se Deus quiser e se não quiser também o será com certeza...) a melhor série norte-americana de todos os tempos. Gregory House, com a fiel ajuda de Cameron, Chase e o melhor neurologista de todos, Foreman, prometem continuar a dar-nos mais alguns segmentos de 50 minutos repletos de grandiosidade e emoção, numa temporada que é publicitada pela estação FOX como uma temporada de mudança. Esperemos que para melhor ou pelo menos que mantenha o nível das anteriores, se decidirmos não acreditar em algumas das tretas que nos tentam impingir como pseudo-produções dignas de audiência (a saber: "PERDIDOS", "PRISON BREAK" ou até mesmo "THE O.C.") e anunciadas ao público, como é que dizem? Ah: "de prender o espectador à cadeira!". Pois sim...

HOUSE, só um repto: deixa este espectro negativo para trás e continua o bom trabalho.

E já agora: continua com essa tua postura anti-humana; é que para contra-balançar isso estamos cá nós...!

AQUI, SALGUEIROS!!!

2006 foi o ano em que o maior clube bairrista do mundo deu o último pontapé na bola, em termos de futebol sénior. Fundado no longínquo ano de 1911, o SPORT COMÉRCIO E SALGUEIROS completou 95 anos deambulando já pelas ruas da amargura, longe dos tempos áureos em que militava com segurança na 1ª Divisão do futebol português.

Sou o (ainda...) orgulhoso sócio nr. 4055 desta majestosa instituição desportiva, mas, confesso, deixei de pagar as quotas. O que me movia dentro do "Salgueiral" tinha desaparecido e com isso acabou também por esmorecer a minha vontade de dar dinheiro, ano a ano, para algo que para mim e para muitos outros sócios era a grande muleta de domingo à tarde, sempre pelas 16h, quando o futebol ainda era o grande desporto do clube.

Eram realmente magníficas, deliciosas e empolgantes essas tardes. O ponto de encontro foi (e sempre será) a casa do «Gusto» ali para os lados do Bairro do Regado, logo depois de almoço para o irmos buscar. Geralmente, éramos eu, o meu pai, e o meu falecido avô António (até um dia destes, Tone!) que lá passávamos para o ir buscar e rapidamente nos dirigíamos para o velhinho Vidal Pinheiro. Já dentro daquele espantoso recinto desportivo, o ambiente não podia ser mais familiar, já que todos conheciam todos e a pergunta da praxe era sempre a mesma e sempre carinhosa: "Então, meu filho da puta, estás bom?!". O jogo começava e a linguagem logo descambava, com insultos ao árbitro (algumas das frases nem me atrevo a transcrever...), aos jogadores adversários e até mesmo aos jogadores do Salgueiros. Nunca o termo "factor casa" foi tão apropriado como naquela altura...

Mas o tempo passa - é inevitável - e a crise começou, por fim a crescer a olhos vistos. Sob a gestão mais do que danosa de um tal de Linhares, o clube começou a perder dinheiro de uma forma incrível, e o espírito de apoio que acompanhava sempre a equipa começou, também ele, a enfraquecer. Até o Estádio que tanto orgulho dava às gentes de Paranhos foi vendido à Metro do Porto! Nos últimos jogos que lá foram efectuados, relembro o discurso doloroso com que alguns sócios mais ferranhos tentavam enfrentar a perda da sua casa ("Talvez possamos vir a ter um estádio novo..."), e o rosto amargurado de um deles, feito num pranto, junto à vedação que separava a velha bancada (de madeira e chapas de aço) do relvado.

O "Salgueiral" havia sido iludido (e de que maneira...) e morria assim da pior maneira possível: com os credores à porta, sem estádio, sem identidade, sem adeptos (haverá alguém que deseje morrer sozinho...?) e sobretudo, sem forças para se levantar e pôr mãos ao trabalho. Mais: ia morrendo pouco a pouco, com as forças vivas da cidade inertes por vontade própria...

Lembro-me bem de como era e só tive pena de começar a gostar realmente do Salgueiros nos últimos tempos da sua vida. Era miúdo e o supracitado ambiente pouco me dizia respeito, pensava eu...

O HINO DO SALGUEIROS é a prova provada de que este não era um clube de grandes posses materiais, mas sim de um espírito de luta, qual comuna onde UNIÃO é palavra sagrada e pré-requisito para quem quisesse ser mesmo adepto salgueirista. Deixo-vos esse hino épico da autoria de José Guimarães:

I

Salgueiros da tradição

Tão velhinho e sempre novo

Tu vives no coração Na alma do nosso povo

II

O teu passado de glória Sempre em nós está presente

E a alegria da vitória Até faz cantar a gente

Coro

Salgueiros, meu Salgueiros

Ontem hoje e sempre Tu serás o mais bairrista

Salgueiros, meu Salgueiros Vive no peito da gente Sempre a alma salgueirista

III

A camisola encarnada Do meu velhinho Salgueiros

Tem a tradição vincada No coração dos tripeiros

Não há outro que te iguale nem com bairrismo mais forte

Ser salgueirista afinal É ter alma do norte.

Neste blog, o Salgueiros terá sempre uma casa; um adepto ferranho (digo-vos, hoje seria capaz de sofrer mais por um projecto humilde e popular como o do Salgueiros do que pelo meu Sporting Clube de Portugal); e uma memória que perdurará para sempre os feitos positivos do grande SCS. Todo o salgueirista é aqui bem-vindo e quem disser que o Salgueiros não é o maior clube bairrista de todos os tempos, perde todo o meu respeito enquanto adepto de futebol.

O meu avô completou, antes de nos deixar, 50 anos como sócio salgueirista; também ele era ferranho... e também ele gostaria que o Salgueiros morresse de uma forma digna. Tal como aconteceu com ele.

SALGUEIROS FOREVER, MEUS AMIGOS!!!

IMPERADOR SIMBA

O Garfield português no seu esplendor. SIMBA de seu nome, completa este ano a bonita marca de 9 anos junto da Família Pinto e está neste mesmo momento a fazer o que melhor sabe: "a passar pelas brasas" na cama da minha irmã, tendo o seu merecido descanso após uma manhã atribulada (comer e dormir...).

Exemplo claro de um fenómeno habitual em muitas meninas portuguesas (nojentice - haverá melhor termo para o explicar? Aceitam-se sugestões...), protesta sempre que o incomodam na sua sesta, mas não resiste em suplicar por um porto de abrigo onde passar a noite com relativa acalmia - e, claro, sempre a ronronar. Dono de um apetite voraz (semelhanças com um dos donos, talvez?!) acerta o seu relógio biológico pelo das restantes pessoas da casa: toma o primeiro pequeno-almoço do dia quando acordo cedo e também necessito de algumas calorias para enfrentar mais um dia de trabalho; almoça só quando os donos se sentam à mesa da cozinha; lancha quando sente alguém a cortar pão e a aquecer leite, por volta das 16h30m; repete o mesmo ritual do almoço, ao jantar; e - esta é de La Palice! - petisca, sempre que pode, mais um pouco de granulado...

O Imperador Simba (quase que parece que é ele que manda aqui em casa...) leva, assim, uma vida demasiado atarefada para um simples felino. Parafraseando uma artista literária da nossa praça (Carolina de primeiro nome, put...perdão!, Salgado de apelido) sujeita-se seriamente a ter um ataque cardíaco com o rebuliço em que a sua longa vida tem estado envolvida.


ÚLTIMA HORA: o Garfield de Santa Luzia mudou de estação de trabalho. Quem o quiser encontrar a dormitar, dirija-se ao meu quarto quanto antes... Não garanto é que não arranhe!