terça-feira, maio 22, 2007

DIÁRIO DE UM APAIXONADO (7)


Dois dias depois...

“Não podia estar mais feliz. Sabes porquê? O meu desejo tornou-se realidade… ANDO, FINALMENTE, COM ELA!!! Pois é, já imagino a tua cara (caso a tivesses): espantada, aparvalhada e claramente a implodir para perguntar «Como?». E eu te explicarei, meu caro. Primeiramente, a minha investida decidida de que te dei conta na minha última entrada não correu lá muito bem. Ela não disse uma palavra, limitou-se a ouvir e, estando eu a meio do meu discurso, desatou a correr pelo corredor da faculdade fora, sem mais nem porquê. Pensei que, aí sim, a tivesse perdido para sempre. Estava novamente enganado. À noite, enquanto estava no Messenger, à conversa com uns amigos, recebi uma chamada dela. Eram já 1h15m da manhã e mal reparei de quem era, apressei-me a vir para a cozinha para que ninguém em casa ouvisse a conversa. Pediu-me, ou por outra, suplicou-me que fosse ter com ela. Precisava imenso de estar comigo, e dizia-o com uma voz embargada. Deduzi que estivesse na rua, ou no seu carro, sozinha, e foi com alguma destreza e em bicos de pés que me esgueirei novamente para o meu quarto, vesti a primeira roupa que tinha à mão, saí do quarto e peguei nas chaves do carro do meu pai. Até ao sítio onde havíamos combinado encontrar-nos (porta da faculdade, a 15 km de minha casa), demorei 6 minutos. Encontrei-a encostada ao seu carro e, quando nos vimos, a alegria de ambos foi enorme. Saí do carro, e ela abraçou-se a mim, com as lágrimas a escorrerem-lhe pela cara. Agarrei-a com força e dei-lhe um beijo carinhoso na testa. “Vamos dar uma volta?”, disse-lhe, sussurrando. Acedeu. Já no carro, não largou jamais o meu braço. Também não falou. Viemos dar a uma zona residencial calma, perto de minha casa (mas não demasiado perto…), e, quando parei o carro, contou, por fim a sua história: tinha acabado tudo com o namorado, chateando-se com ele por minha causa, pela tal «confusão» que eu havia criado na sua cabeça. Durante cerca de meia-hora, escutei-a com o máximo de atenção, em silêncio, e embora ela me instigasse a comentar e a dizer de minha justiça sobre tudo aquilo, optei por estar calado. Deixei-a terminar, aproximei a minha cara da dela e dei-lhe o primeiro beijo da noite. «Não sei se já te disse isto, mas gosto demasiado de ti, sabes?». Respondeu com um beijo mais longo e mais profundo e, sorrindo, respondeu: «Já me tinhas dito…». O resto da noite passámo-lo no carro, agarrados um ao outro como se mais nada houvesse no mundo que nos pudesse preocupar. Ah!, e beijos foi o que não faltou. Finalmente, caramba, finalmente!!!”


in Imaginação de Yours Truly a funcionar…


P.S.: Desculpem o atraso. Tentarei ser mais periódico...

Sem comentários: