sábado, dezembro 29, 2007

PARA 2008 DESEJO SOMENTE UMA COISA...


Continuar a gostar das pessoas com que me cruzo diariamente e que fazem parte desta minha vida como gosto a esta mesma hora. Se isso acontecer, quer dizer que se concretizaram duas coisas: eu mantive-me o mesmo José Pedro que fui durante 2007; as pessoas que mais adoro (família e amigos, não vivo sem vocês!!!) continuam também as mesmas, o que é sempre de louvar.



Rogo-vos o meu perdão por não ter sido, por vezes, aquele irmão que todos gostam de ter ou o amigo dedicado que todos desejam ter ao seu lado. Tentei sê-lo, mas não sou diferente do comum dos mortais (ok, tenho uns quilinhos a mais, mas continuo a ser um deles!) e a vida encarregou-se de me tramar em alguns dias deste ano atribulado.





UM 2008 PERFEITO PARA TODOS VOCÊS!



IGUALDADE DE DIREITOS

Sorrio, por dentro e por fora, ao ouvir as MULHERES queixarem-se da falta de igualdade de direitos entre elas e a raça masculina. Senão vejamos:


  1. entra-se numa qualquer loja de pronto-a-vestir (seja ela Zara, Cortefiel, Bershka, C&A...) e cerca de 75% do estabelecimento é dedicado a "elas".


  2. quando se entra num qualquer edifício, é frequente os homens segurarem na porta de entrada para que as senhoras possam entrar sem o mínimo de esforço.


  3. numa operação STOP, patrocinada pelos nossos amigos da GNR, basta a uma mulher fazer um «choradinho», suplicando para que o sr. Guarda não a multe, pois apenas vinha em excesso de velocidade, a retocar a maquilhagem, sem cinto, sem documentos da viatura e... sem carta (XD) porque era estritamente necessário. Ao homem comum, nada eficaz neste tipo de andanças, basta-lhe abrir a boca para lhe enfiarem o balão pela goela abaixo...


  4. quando um casal decide jantar num restaurante, escapando à rotina doméstica de um hamburguer no prato com batata frita (sim, o homem cozinha esta iguaria enquanto que a mulher prepara apenas um bom frango no forno encomendado no restaurante do outro lado da rua), é sempre ela quem escolhe o local, e quase sempre um gajo come mal como o raio!


  5. quando novas, as raparigas, "meninas dos olhos" de suas mães, recebem tudo e mais alguma coisa, esbanjam, esbanjam e esbanjam, enquanto que o jovem adolescente se contenta a gastar do pé-de-meia que lhe vão dando de longe a longe.

Querem mais? É só ir ao arquivo...




P.S.: agora a sério, apeteceu-me somente gozar um pouco. Quem me conhece sabe bem que não penso desta maneira. Mas então porque coloco este período do meu texto em letras minúsculas? Hummm...

quarta-feira, dezembro 26, 2007

INSISTIR


Será que insistir compensa? A sério, em qualquer que seja a temática e/ou situação, será que vale mesmo a pena carregar, vezes sem conta, numa mesma tecla na tentativa de que ela funcione?

A experiência (pouca, já sei...) diz-me que, em 90% dos casos, não compensa, de facto.


Experimentem dizer a vocês próprios, vezes sem conta, que algo (uma relação de amizade ou um pouco mais do que isso, por exempo) acabou, definitivamente. Aperceber-se-ão de que os primeiros tempos são salutares e plenos de alegria e bem-estar, um período em que as forças estão redobradas e em que sentimos energia suficiente para carregar o mundo às costas. Este é o período +.


Experimentem, depois, deixar correr a maré. Os deuses sopram nos ponteiros do relógio, em horas que passam por nós a voar, e sempre nos vão dizendo, em surdina: "O tempo passa, mas as memórias ficam". Aí é que é o car..., perdão, aí é que reside o busílis de toda a questão. Este é o período -. É aquela fase em que recordamos tudo o que passámos, em que sonhamos de novo, durante o sono de beleza, de quão paridisíaco seria experienciar um determinado cenário.


Pois. "Mas isso já lá vai...", tentou alguém dizer-me, há já não sei quanto tempo.


Valerá a pena recordar? Valerá a pena insistir de novo? Valerá a pena hipotecar todo o nosso futuro por algo que não nos merece metade da atenção que lhe vamos disponibilizando, qual cãozinho fiel que jamais se separa do dono que lhe bate, mas que sempre lhe vai afagando o focinho de quando em vez? (lembram-se do Pavlov?)


Não, não vale, e cada vez mais me apercebo disso...


Agora, lanço a questão: porque raio continuamos a fazer isto a nós próprios?



sexta-feira, dezembro 21, 2007

JANTAR DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO: CRÓNICA DE UM ENCONTRO NATALÍCIO

Malta: bebam água, que vos faz bem!



A maneira como a época natalícia se apodera das mentes e corpos de jovens estudantes universitários não pára de me surpreender. O repasto de Natal dos grandes e gloriosos alunos de Ciências da Comunicação realizou-se ontem e, como não podia deixar de ser, foi inolvidável.


A maneira como a «psique» humana se entranha na cabeça de cada um é impressionante: a maior parte do trabalho concluído e a maioria das preocupações deitadas para trás das costas, e venha o álcool para afogar as mágoas do que não se conseguiu concluir, ou, ao invés, para festejar aquilo que se alcançou, com suor, lágrimas e sangue à mistura.


Ainda a bela da carne de aviário não tinha vindo para a mesa e já variadíssimas garrafas de Receita estavam secas e prontas para o reabastecimento. O brinde a tudo e mais alguma coisa, os berros de ordem, de quem mandava, para que se pagasse o resto da conta, as dedicatórias especiais e muito pessoais que os casais lá iam recitando enchiam a sala, juntando-se o fumo do tabaco que empestava todo o espaço.


O jantar passou rápido. Só se pretendia isto: beber, beber, beber e cantar, cantar, cantar. Às 23h, já havia malta completamente arrumada com mais de 30 copos de receita emborcados. Gabavam-se, e com razão, do feito, e animavam a festa como ninguém. Bem hajam! Eu, assisitia, embebido pelo momento (sim, pois apenas bebi um copito por força de ter vindo de carro) e lá ia berrando, abraçado aos grupos a que me juntava, por tudo e mais alguma coisa.


00h00m: decidi tirar a prova dos nove. Estariam mesmo bêbados?


- Malta! - gritei a plenos pulmões - um brinde ao Dalai Lama (?!?!?!).


A reacção foi positiva e, mais do que isso, histérica. Estavam mesmo mamados, e já não sabiam a quem brindavam...


Mas, como diria o outro, é Natal!!! Por isso, aproveitámos bem aquela noite. Por isso, demos inúmeros "Vivas" a quem os merecia verdadeiramente.


Quero mais jantares destes... Ainda há poucas horas nos separámos e já estou, de novo, com saudades de todos!


quarta-feira, dezembro 19, 2007

A LEI DO COMENTÁRIO PEJORATIVO


Confesso que sou coscuvilheiro no que a muitos blogues diz respeito. Diariamente, visito todos os espaços que refiro nesta barrinha à direita do vosso écrã de última geração denominada "BLOGOSFERA" e, a cada dia que passa, surpreendo-me com o que vejo.



Todos sabemos quanto a blogosfera pode potenciar rumores, boatos e afins sobre as pessoas que por lá viajam (e não só...). Este vasto mundo quase que destruiu (quase...) a vida do PM Sócrates "beirão" e outras pessoas têm sido alvo das mais rasgadas críticas (negativas) acerca de aspectos pessoais, sobretudo.



No entanto, não é sobre isto que vos quero falar. O que mais me perturba (sim, porque sou uma pessoa profundamente perturbada) é carregar um qualquer blogue e dar de caras com posts de pessoas que não são nenhum exemplo na área em que trabalham mas que, mesmo assim, pretendem dar lições de moral ao mais comum dos mortais. São aquele tipo de pessoas que se bajulam e babam por UM feito que alcançaram e que apareceu mesmo na mais diminuta caixa de texto de um jornal pela polémica que geraram. E, pior do que isto, sabendo que têm os famigerados "rabos de palha", lá continuam a criticar e a insultar outros que têm também um mesmo rabo desse tipo.



Depois, vem a melhor parte: os comentários ao post. Este tipo de hipócritas responde a todos os comentários que veiculem algo de positivo sobre eles; aos comentários pejorativos, aqueles que pôem o dedo na ferida, nem uma palavra é dedicada, quando não é, de imediato, activada a moderação de comentários.



Meus amigos: se não suportam o calor, saiam da cozinha. O mesmo é dizer que: quem tem rabo de palha não deve atiçar lume muito perto dele. Arrisca uma valente queimadela. E acreditem quando digo que a blogosfera pode muito bem amplificar as consequências dessa mesma queimadela...


segunda-feira, dezembro 17, 2007

HÁ MULHERES COM SORTE...


A estória que vos conto, a partir de agora, desdobra-se em duas fases. Presenciei-a com o maior dos prazeres:




Eram 7h da manhã quando cheguei à paragem do autocarro. O destino? O Curso de Ciências da Comunicação, pois claro, para mais um dia de trabalho árduo. O frio gelava-me todo o corpo e o vento complementava essa agonia com autênticas pontadas nas minhas grandes e redondas bochechas. De mãos nos bolsos e batendo os pés para não ficarem dormentes, conseguia, no entanto, rodar a cabeça e ver o que me rodeava, até que vislumbrei um grupo de colegas que trabalhavam na Baixa portuense. A amena cavaqueira fazia-os rir, apesar da autêntica "Sibéria" que se ia formando no ar.

E o autocarro chegou. Entra-se à pressa, valida-se o passe e corre-se para o lugar preferido. Quis o destino que me sentasse bem no centro de toda a estória. O mesmo grupo (duas mulheres, um homem) sentou-se junto a mim e, de pronto, o homem retira, da sua mochila, com a maior das calmas, um leitor de mp3, ainda devidamente embalado e oferece-o a uma das colegas (por sinal, jovem e razoavelmente bonita). Ela quase pulou de alegria e abraçou-se ao seu colega presenteando-o com uma bela beijoca na face. Apercebi-me de que era mesmo o que ela queria. O homem encostou-se à rapariga, explicando-lhe o normal funcionamento do leitor e ela continuava a rir e a agradecer-lhe pelo bonito gesto que tinha tido, fora da época natalícia. Sorri, de forma calma e ponderada, até que saí do autocarro e eles seguiram viagem.

(...)

Num outro dia - também ele de intenso frio -, a linda estória voltou a repetir-se, e de novo, envolveu os mesmos protagonistas. Voltaram a sentar-se junto a mim (ok, confesso que desta vez fui eu quem despoletou o "encontro" para ver no que daria) e o dejá vu apoderou-se de mim: a famigerada mochila voltou a fazer das suas, com o seu dono a retirar, de dentro desta, mais uma oferenda. Era um pequeno pacote, estreito demais para poder ser um I-Pod, e só depois de aberto pude ver, de relance, do que se tratava: um cartão de memória para telemóvel.

- Como é que sabias que eu precisava de um cartão de memória novo? - perguntou a rapariga, ao mesmo tempo que se entusiasmava, de novo, com mais uma prenda.

- Já tinhas dito que o teu cartão não te dava nem para armazenar as mensagens, portanto... - respondeu ele.

Ela abraçou-se a ele e o mesmo ritual de tutorial voltou a acontecer, com beijos pelo meio e um "encosta-te a mim" terno e sentido. Mas, pelo visto, continuavam a ser só colegas...



CONCLUSÃO: há mulheres com muita sorte. Mas podemos ainda distinguir, neste aspecto, dois tipos de mulheres: aquela que se aproveita de tudo para ir atingindo os seus fins, sem atentar ao quanto um homem gosta dela; e aquele tipo de mulher que nem é ingénua nem cínica, e que simplesmente gosta viver a vida como uma pessoa normal que é. Infelizmente, 90% das mulheres abraçam a primeira premissa. Não me perguntem porquê, pois simplesmente é assim. Os restantes 10%, diminutos e plenos de desalento, são de louvar. Estas são as mulheres que, tendo sorte... merecem-na.

terça-feira, dezembro 11, 2007

SOULSTORM, by patrice

Confesso que não sou um particular apreciador deste Patrice (a ironia na utilização do "deste" é por demais evidente) mas esta "SOULSTORM" cai muito bem...









SOULSTORM, Patrice

sábado, dezembro 08, 2007

CARTA ABERTA



DE:

JOSÉ PEDRO PINTO
ADMINISTRADOR DO BLOGUE «DO ALTO DA TORRE»
ESTUDANTE DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO DA FLUP



PARA:

PROFESSOR NUNO MOUTINHO
DOCENTE DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA NO CURSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO DA FLUP



Viva Professor,


Eu sabia que mais tarde ou mais cedo seria apanhado. A minha mania de me pôr a brincar com coisas sérias teria que ser punida um dia destes e o que é certo é que o foi, com pompa e circunstância. Ah!, para os que não sabem, a Carta Aberta que escrevi a 5 de Outubro deste ano só esta semana foi lida pelo Professor Nuno Moutinho. Pelo que, na habitual aula de Quarta-Feira de Introdução à Economia, o Professor fez questão de me confrontar com toda a caricata situação que se desenrolou desde então.


E já que estamos numa de assumir erros, assumo mais um: o de não ter interpretado correctamente o que o Professor quis dizer naquela conversa/discussão sobre Bolonha. Porque afinal o que o Professor quis dizer não foi que este Tratado nos traria mais tempo para podermos dedicar a actividades extra-curriculares. Porque o que o Professor nos quis dizer foi que nos deveríamos saber adaptar e saber gerir melhor o tempo com toda esta trapalhada que Bolonha nos veio colocar à frente do nariz.


As minhas desculpas, caro Professor. Não o fiz por mal.


Mas, já que tenho este espacinho de Tempo de Antena, gostaria de dizer o seguinte às pessoas que acham que a carta tinha como alvo primeiro o Professor Nuno Moutinho e as suas opiniões (com as quais eu continuo a discordar...): desenganem-se. O meu objectivo foi atingir esse monstro que se ergueu do nada e que dá pelo nome de «Tratado de Bolonha» usando o exemplo das nossas conversas com o docente em causa como ponto de partida para uma discussão um pouco mais original e dinâmica sobre o tema.


Peço desculpa ao Professor Nuno Moutinho pelo transtorno que lhe causei ao abrir o Google Alerts e ao ver a imponência de uma Carta Aberta que em nada pretendeu atingi-lo.




Com os maiores cumprimentos,

José Pedro Pinto

terça-feira, dezembro 04, 2007

SINAL DOS TEMPOS?


"Já viste? Agora não podemos contar com eles (eu e os meus irmãos) quando queremos ir a algum lado. Antigamente, vinham sempre atrás, mas agora têm todos compromissos..."




A minha Mãe, na cozinha lá de casa, a falar com o meu Pai...





DESCULPEM! SEI QUE COMPREENDEM...