quinta-feira, agosto 02, 2007

A PROBLEMÁTICA METAFÍSICA DO ACREDITAR



Ninguém sabe os meus problemas com Deus.


Agnóstico desde os meus 14 aninhos, o que é certo é que não consigo parar de pensar porque é que ainda não me dignei a acreditar. Quando tenho um momento a sós, medito frequentemente nas causas que me levaram a deixar de acreditar no vosso "Deus". Sim, já acreditei piamente em que havia algo lá em cima, uma entidade metafísica e bem superior a todos nós que nos ia deitando o olho, de quando em vez, e que nos ia protegendo dos nossos erros.

Hoje, já não posso acreditar! Vivi situações muito particulares que me foram retirando a fé (em Deus, e não em tudo o resto) de cima das costas: as injustiças que se cometem a pessoas de bem ou até mesmo o simples facto de ver familiares meus percorrerem as ruas da amargura, fosse por problemas pessoais, fosse por problemas de saúde, secaram, paulatinamente, o que restava da minha fonte de fé em Deus.

Mas não só: como posso eu acreditar em algo que não existe, que não é palpável, que não tem qualquer representação física... que não se expõe a meus olhos! Percebo e compreendo o porquê de as pessoas se apoiarem em algo que lhes pode trazer alguma felicidade ou consolo ou alívio em situações difíceis. Não me peçam é para bater palmas a isso. Não acredito.

Se Ele aparecer diante de mim, serei o primeiro a reconhecê-lo e a acreditar na sua existência. Até lá, é certo, continuarei sem uma base de apoio transcendente. Resta-me o apoio humano, das pessoas que me rodeiam e que fazem parte da minha vida. É nisso que reside a minha maior fé. E sabem que mais? Sou feliz assim...

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