terça-feira, outubro 21, 2008

NADA MAIS CERTO



Devo confessar que, apesar da minha grande admiração pela figura de Ribeiro Cristóvão e por tudo o que significa para a rádio em Portugal, não sou grande fã dos seus comentários habituais no site da Renascença. Agora, que este Senhor tem toda a razão quando compara os efeitos da crise global em Inglaterra e em Portugal, lá isso tem. Transcrevo aqui o seu texto, na íntegra. Com a devida vénia.



As notícias postas a correr por estes dias, e segundo as quais a “crise força Governo inglês a parar obras olímpicas”, não surpreenderá muita gente. É público e notório que as dificuldades não atingem apenas alguns mas, infelizmente, alastram a todos os países e a todos os sectores. A todos… menos, nalguns casos, a Portugal. Na Inglaterra, país designado para organizar os Jogos Olímpicos em 2012, “a empresa que deveria construir a Aldeia Olímpica e o Centro de Imprensa não obteve crédito na banca. A solução passa agora por aumentar o financiamento público”. E este é que parece ser o busílis da questão: o dinheiro está caro em todos os lados, incluindo no reino de Sua Majestade, havendo por isso que respeitar outras prioridades. Por cá, ao contrário, sonha-se com o Mundial de Futebol de 2018. Sem que haja projectos, sem que se faça uma correcta avaliação dos custos, sem que se saiba, inclusivé, o que pensam sobre o assunto as autoridades espanholas para uma possível parceria, fazem-se soar as trombetas anunciando urbi et orbi que estamos em condições de avançar para o grande acontecimento. Na Inglaterra, pondera-se. Em Portugal, asneira-se. Outras costas, outras gentes.


Ribeiro Cristovão



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