Ninguém está a ver as coisas pela perspectiva certa. O suposto envolvimento de José Sócrates no tão propalado caso Freeport e as eventuais repercussões das acusações contra o PM nas autárquicas e nas legislativas tem, quanto a mim, sido alvo das mais ignóbeis considerações por parte da oposição.
À direita, face bem mais vísivel da crítica do que a esquerda, PSD e CDS-PP degladiam-se, na praça pública, pela tentativa do descrédito de Sócrates e jogam agora no campo das probabilidades: Manuela Ferreira Leite afirma que a estratégia do PS passa por perder o mínimo indispensável nas legislativas.
Ninguém está a ver as coisas pela perspectiva certa, repito: a realidade é que Sócrates sabe que jamais perderá as eleições legislativas (e as autárquicas, a ver vamos). Porquê? Porque as sondagens, mesmo em tempo de crise, dão-lhe vantagem com folga considerável para os sociais-democratas e porque, sobretudo, o povo não o deixará cair.
Passo a explicar: Portugal tem necessidade de um líder de Governo que demonstre mão firme, mesmo que assine trapalhadas dia sim, dia não. Os atentados à liberdade de expressão, as inconstitucionalidades decorrentes de muitos diplomas remetidos para aprovação na Assembleia da República e a propaganda que corre pelo país fora anima o povo, recordado dos bons velhos tempos (?!) do Estado Novo em que os que tinham pouco e podiam usufruir de ainda menos aplaudiam o Sr. Presidente do Conselho de Ministros. Mesmo que com um alegado envolvimento num escândalo de corrupção.
Por mais tentativas que a direita encete para descredibilizar o PM, serão infrutíferas. A intenção de voto há muito que está definida e, a tão poucos meses das eleições, já não há volta a dar.
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1 comentário:
O pior é que tens razão...não em tudo, a meu ver.
Mas todos, tanto a oposição que temos como o povo que temos, estão mais virados para que continuemos a ter um PM que apesar de ter o país (quase) na banca rota continua a sorrir e a dizer que está tudo bem do que ter um PM que nos ponha e, mais importante, se ponha na linha!
E é aqui que discordo, caro Zé...posso ser vítima da ignorância por não ter vivido a época...mas considero que uma pitada de Salazar não faria mal nenhum à nação!
Boas pseudo-férias, Compincha =)*
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