quarta-feira, maio 06, 2009

SIMPLESMENTE PAIXÃO




A redacção do JPN está deserta, com o resto da malta nos telefones, lá fora em reportagem ou, simplesmente, de folga.

Martelo, com evidente deleite, as teclas do meu portátil, com os headphones nos ouvidos escutando os sons tranquilizadores dos Oasis.

Na mesa de reuniões, tenho a Marta a meu lado, o Tiago lá ao fundo tratando de colocar o nosso sítio na web minimamente actualizado, a Melanie preparando-se para ir cobrir um workshop qualquer de fotografia, ao que parece.

O que faço? Trato da edição do noticiário de rádio durante toda esta semana. Um prazer.

Confesso que fiquei alarmado ao ver alguns e algumas colegas de curso, durante os últimos meses, ficarem algo "desiludidos", como referiam vezes sem conta, com a área do jornalismo.

Poderia eu enveredar pelo mesmo caminho? "Desiludir-me"?

Não. E ainda bem.

Como diria uma das minhas referências na rádio (o grande Pedro Sousa, da Renascença) "cada vez gosto mais do que faço" quando se referia ao seu trabalho na SportTV (acrescento desde já: espectacular), também eu me encanto cada vez mais com a área em que decidi formar-me.

Sim. Há dias em que nos apetece arrumar as coisas e rumar a casa ou a uma estrada sem fim onde possamos conduzir o nosso carro sem vivalma por perto para esquecer os problemas.

Mas a grande maioria dos dias em que trabalho? Gosto do que faço, porra!, e é isso que me faz voltar para a redacção na manhã seguinte com a melhor das atitudes e encarar até a notícia mais "desgraçadinha" - passe-se o exagero - com todo o respeito.

Se me perguntam: "estás optimista quanto ao teu futuro?", respondo: "Hum... espero para ver!", como quase sempre faço no meu dia-a-dia.

Se me perguntam: "e se não der certo?", replico: "Hum... espero que dê! Mas, caso não dê, então passo esse capítulo da vida à frente, com maior ou menor dificuldade, para encarar o próximo com a mesma atitude proactiva".

Se me perguntam: "mas é fácil fazer isso, passar assim à frente?", sou capaz de retorquir: "Hum...". Simplesmente.

Porque já sei que não é. Mas é preciso acreditar. Até porque uma boa paixão raramente se esquece e fica, quase sempre, com uma porta aberta para o regresso.

É preciso gostar. E depois, amar. Digo eu.


1 comentário:

Mel disse...

Caro José Pedro Pinto,

Em primeiro lugar queria notificá-lo de que vai ser sujeito a uma acção judicial por ter mencionado o meu nome sem qualquer tipo de autorização.

Segundo, volto a frisar esta questão, pois ninguém precisa de saber o que ando a fazer. Por exemplo, um dia que eu esteja a ver videos no youtube ou a ouvir a oxigenio e a dançar ninguém precisa de saber que estou a fazer isso.

Terceiro, tou-me bem cagar se gostas daquilo que fazes ou não. Tens mais três a quatro meses de estágio pela frente e vais ter que aguentar quer queiras quer não.

Quinto e último, caga pa tudo o que disse em cima :p

LOL
Bjs