VIA VERDE PARA RIO

Elisa Ferreira dá hoje uma entrevista muito curiosa ao semanário «SOL». Explica a candidata à Câmara Municipal do Porto que as divergências com a distrital e com a Comissão Política do Partido Socialista estão ultrapassadas e esquecidas, mas é a resposta à questão 4 do excerto da entrevista dirigida pela jornalista Susana Branco e publicada no site do «SOL» que me faz divagar por estas linhas:

«SOL»: No PS houve quem defendesse que, se perdesse, poderia ficar na Câmara como vereadora. Imagina-se nesta posição?

Elisa Ferreira: Não. Vejo-me como a presidente que pode fazer o Porto inverter o declínio em que caiu e é isso que importa discutir neste momento. Há duas alternativas para liderar o Porto: ou mantermos a actual liderança de Rui Rio – o que me parece fatal para a cidade – ou mudar, e eu sou a única pessoa que pode fazê-lo.

Ora, isto não bate certo. Elisa Ferreira reafirmou, há uma semana atrás, que está, e passo a citar, "de alma e coração no Porto". Uma candidata que assina tal compromisso com base no apelo à emoção do povo deveria dedicar-se inteiramente ao Porto, vencesse ou não as eleições autárquicas de 27 de Setembro.

É a minha opinião. Mais: não abona nada em seu favor o facto de continuar a tentar conjugar o cargo de Euro-deputada com o de candidata a uma autarquia.

Pergunto: alguém ainda se lembra de Francisco Assis?