quarta-feira, fevereiro 28, 2007

ARQUIVAMENTO (MAIS DO QUE) JUSTO


A Comissão Disciplinar da LPFP decidiu arquivar o processo movido pela Sporting, SAD ao árbitro setubalense João Ferreira no polémico Sporting vs. Paços de Ferreira, ainda na 1ª Volta do presente campeonato, por não poder punir os árbitros envolvidos pelo "crime" de erros de facto no lance que deu o único golo do jogo à equipa pacense (Ronny usou ostensivamente a mão para marcar o 1-0...).


Ainda bem que se fez justiça. Lembro-me bem do lance em questão e a opinião que tinha na altura, tenho-a hoje: João Ferreira peca somente pela má deslocação que efectua no momento em que o pontapé de canto que originaria o golo é cobrado e o árbitro assistente envolvido na questão, Pais António, não tem visibilidade suficiente para descortinar qualquer infracção.


Está-se a tornar demasiado habitual o recurso ao argumento da premeditação para justificar eventuais erros de arbitragem, sobretudo após o eclodir do processo "APITO DOURADO". Contra os que o utilizam, cá vão algumas dicas contextuais: João Ferreira tinha sido, na altura do jogo em questão, um árbitro sobre forte pressão, exercida quer pelos media (com o PÚBLICO a implicar o juiz no mega-processo de corrupção no futebol), quer pelo facto de ter tido um jogo complicado na semana anterior (Boavista - S.L. Benfica, estão lembrados?). Acredito que a última coisa que o setubalense desejaria era ter uma má exibição em Alvalade. Sujeitar-se-ia (como se sujeitou...) a uma má classificação no jogo e, consequentemente, a um "rombo" na classificação final dos árbitros; veria o seu bom nome lançado para a praça pública pelos piores motivos; a sua família sofreria tembém ela com tudo isto (é verdade, os árbitros também têm família como todos nós...).


Razões mais que óbvias para que João Ferreira tivesse tentado fazer o melhor trabalho possível, em Alvalade. Não o conseguiu e já foi punido o suficiente...

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