sexta-feira, setembro 07, 2007

QUEM VÊ CARAS NÃO VÊ CORAÇÕES


Uma – GRANDE – amiga minha disse-me, recentemente, que a vida trará, perante mim, ainda muitas desilusões e pessoas que aparentam ser uma coisa… mas acabam por ser outra. É uma verdade digna de um tal de La Palice, bem o sei, mas só quando me falaram nessa hipótese altamente provável eu me apercebi, por fim, de que assim seria, sem sombra de dúvidas. Durante esta minha – longa – vida, fui-me apercebendo de coisas que nunca sonhei que pudessem acontecer. Sou ingénuo e bem me podem crucificar por isso.


Freddie Mercury chegou a dizer que se magoava muito facilmente com as pessoas, porque se “envolvia a fundo” (penso que foram estas as suas palavras) nas relações de supostas amizades que, mais tarde, se viriam a tornar em autênticas dores de cabeça. Certo é que eu também as tive, as continuo a ter, e virei a ter, num futuro não tão longínquo como eu desejaria. Defendo uma velha máxima segundo a qual «à primeira caem todos, à segunda só alguns, e à terceira, só mesmo os burros é que caem». No entanto, continuo a fazer parte da terceira premissa desta máxima, infelizmente.


Sabem o que custa dizer “NÃO” a quem se abeira de nós, com a maior das simpatias, e tenta estabelecer algum tipo de relação connosco? Aos olhos de muitas pessoas que conheço, não passarei de mais um sentimentalóide, incapaz de decifrar, na cara de alguém, um esgar de arrogância, um trejeito muscular, um olhar que alerte os meus sentidos e me avise de que o caminho a percorrer não é o da direita, mas sim o da esquerda.


A razão para não conseguir ser assim? Não consigo dizer. Talvez pelo facto de detestar ter que assumir uma postura arrogante (acreditem: já tive que o fazer…), ter sido educado segundo moldes humildes e – isto sim, dá-me o gozo de viver! – de encarar tudo com um sorriso tolo estampado na fronha.


«Quem vê caras, não vê corações». Como me apercebo cada vez mais de que assim o é. Querem saber uma novidade? Os hipócritas, de quem já vos falei neste espaço, estão mais perto do que cada um de nós imagina. Mas… e descobri-los?

3 comentários:

UnfinishedSong disse...

É bem verdade... Depois custa a acreditar que perdemos tanto tempo com esse tipo de pessoas. Quer dizer, os filhos da mãe entranharam-se de tal forma nas nossas vidas que custa admitir que eles não passam, de facto, de uns filhos da mãe! As aparências iludem e à medida que o tempo passa cada vez mais me apercebo disso. Quantas pessoas já passaram pela minha vida em que ao conhecê-las tudo era fantástico e no fim de contas não passam de mentirosos que tão depressa se ligam a nós como se desligam com a maior das facilidades. Isto pq? Pq no fundo é tudo uma questão de conveniências para as pessoas egoístas, que só pensam no seu bem-estar e que não têm quaisquer escrúpulos!
Bom resto de férias****

Anónimo disse...

Gostei muito da nossa conversa e fez nos bem tu ouviste me e eu ouvi te a ti... E isso e o que os VERDADEIROS AMIGOS fazem... Agora so tens de pensar em seguir em frente e partir para outra porque isso e que interessa... O que nao falta sao boas pessoas a procura de serem descobertas... Podem ser poucas mas acredita na possibilidade de elas existirem :)Espero que sejas muito feliz nesta tua descoberta... BJS

José Pedro Pinto disse...

Unfinishedsong: lês os meus pensamentos. Sem tirar nem pôr, sem editar sequer uma vírgula. Subscrevo tudo o que disseste, assinando por baixo até com sangue se for preciso!

:D