sexta-feira, setembro 12, 2008

A FORÇA DE VONTADE COMO EXEMPLO




Dou por mim protestando contra as pequenas coisas que assolam a nossa vida, os pequenos problemas que podem ser facilmente resolvidos se nos dispusermos a querer mesmo uma solução pacífica e que atinja o maior número de partes interessadas. Colocamos a fórmula em teoria mas progressivamente nos esquecemos dela quando algo de positivo, mesmo sendo ínfimo, nos aparece pela frente.


Depois, olhamos para a caixinha que mudou o mundo e recebemos a bofetada de luva branca que já merecíamos. Fala-se dos heróis contemporâneos. Fala-se das suas proezas no Oriente. Vêem-se os feitos que alcançam. Observam-se as expressões de alegria que os seus rostos ostentam, com lágrimas pelo meio e um sorriso de orelha a orelha.


Chamam-lhes de "paralímpicos" porque a Vida não foi particularmente simpática com eles. Acho que são mais do que isso: são GRANDES "paralímpicos".


Os "olímpicos" de Pequim optaram por deixar a responsabilidade das derrotas nas calças de fato-de-treino para os sábados de manhã. Queixaram-se de falta de apoios. Queixaram-se de que não estavam bem preparados. Disseram que preferiam dormir, de manhã, a fazer aquilo de que, supostamente, mais gostam.


Os "paralímpicos"? Não dão grandes entrevistas, muitos deles não nos ouvem, não nos podem dar um aperto de mão, não podem olhar-nos nos olhos. Mas pegam na deficiência que trazem consigo e atiram-na para um canto.


Aplicam-se, não obstante todas as suas dificuldades, naquilo que mais gostam de fazer.


São a prova de que a força de vontade pode superar tudo. Não só no desporto. Não só na vida pessoal. Não só na vida profissional. Mas sempre que a manhã nasce, a cada dia. Mas sempre que o sol se põe, a cada dia. São um exemplo para uma vida mais realizada. Em cada um de nós.




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