
Observo-te com a maior das calmas sempre que entras na divisória onde me encontro. Sou o primeiro a levantar os olhos para ti, mas escondo-os logo para que não percebas a minha tímida abordagem.
Ouço os passsos que dás com a destreza de uma pessoa confiante e alegre e torno-me num miúdo nervoso e com o coração aos pulos à espera que te dirijas a mim.
Quando falas comigo, abstraio-me de tudo o resto e foco o meu olhar no teu, absorvendo cada palavra que pronuncias como se fosse a última.
Perco-me no teu sorriso matreiro, no teu revirar de olhos e penso "quão bom seria partilhar um pouco da confusão que trazes na cabeça, a cada momento do dia".
Adoro a tua graciosidade, a tua forma de encarar as pessoas, o conforto maternal que lhes conferes.
Fico triste e pensativo quando te sinto longe, no espaço e no tempo, e não me consigo concentrar minimamente naquilo que tenho mesmo de fazer.
Penso no futuro, perspectivo o amanhã, mas, descendo à realidade, sei que não será possível. O teu barómetro não está virado para estas paragens.
Olá: sou o teu admirador secreto.
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