
Houve quem confessasse que gostaria de ser estudante universitário por mais uns 5 anos, não há muitos dias atrás.
Numa entrevista que fiz a um outro grande jornalista da nossa praça, Jaime Cravo, este acabou por me aconselhar a aproveitar bem esta fase da minha vida, porque, dizia ele, "não há melhor".
O que é facto é que a aproveitei. À minha maneira, mas aproveitei.
Não falo da vida de trabalho exaustivo que me ocupava dias a fio sem uma noite de sono tranquila.
Mas falo dos bons momentos passados na companhia das melhores pessoas que poderia ter conhecido.
As amizades que travei deram-me a honra de ter a sua companhia e marcaram-me de uma forma que não ouso sequer definir. Pois isso é impossível.
As pausas no trabalho diante do computador, na saudosa sala 9 do curso de Ciências da Comunicação para tomar (mais) um café na entrada do edifício, as tertúlias improvisadas nas traseiras da sala de convívio, a palmada nas costas que tão bem sabe para descomprimir e enfrentar a tarde que se erguia com uma vontade redobrada de concluir certos projectos.
Costuma-se dizer: "primeiro as obrigações; depois o divertimento". Também houve tempo para isso: as noites infindáveis ao sabor de café, cerveja e tabaco (que os outros fumavam em doses industriais) e ao som dos "The Strokes" no bar «Pherrugem» ou dos grandes êxitos de Sean Paul no «Nova Imagem».
Perdoar-me-ão todos aqueles com quem convivi durante os últimos 3 anos quando destaco três pessoas no epicentro de toda esta loucura: o André, o Guilherme, o Pedro.
Dizia este último (assessor, por sinal) que, juntando-se os quatro, formava-se a Liga de Elite. Nada mais certo.
Revivo os momentos extraordinários que passámos com a nostalgia e a tristeza de quem sabe que esses episódios jamais se repetirão da mesma forma.
O curso termina abruptamente. Cada um opta pelo melhor rumo para a sua vida.
Meus caros: teremos sempre esses momentos para recordar. E os números de telefone de cada um sempre disponíveis para combinarmos alguma coisa. Ou como diria o Guilherme: "sacar peão!".